Sobre Artemísia

Mais do que uma conhecida planta medicinal, Artemis é também uma das mais importantes deusas do panteão grego.

Artemis nasceu da relação ilegal entre Zeus e Leto. Devido à gravidez adúltera, Hera atribuiu a Leto o castigo divino de não ser aceite na Terra quando desse à luz Artemis e o seu irmão gémeo Apolo.

Leto terá sido acolhida numa ilha rochosa e infértil, que não receava a ira de Hera.

Artemis nasceu e ajudou a própria mãe com o nascimento do seu gémeo Apolo, o que a torna também a deusa dos partos. Esse episódio seria a primeira prova da inteligência e determinação de Artemis, que logo em criança decidiu que trajes iria vestir e que a sua atividade de eleição seria ser caçadora.

A deusa Artemis pediu a Zeus que a presenteasse com a virgindade e pureza eterna e que pudesse circular livremente pelas matas, ao lado dos animais ferozes, dispensada para sempre da obrigação de se casar. Dedicou-se à caça e à vida na Natureza, ignorando quaisquer convites de amor e exigindo às suas companheiras, que eram Ninfas, que fossem virgens e puras também.

Para além de ter o veado como animal sagrado e condenar à morte aqueles que o atacassem, Artemis era considerada uma deusa justa e uma donzela elegante, alta, bonita, cheia de orgulho e com um estilo imponente.

Esta deusa da fertilidade animal tinha várias discípulas, que eram denominadas ursas. Elas reconheciam a sua natureza autoritária e repressora. Os animais ferozes que estão sempre junto a ela, representam também os impulsos que precisam ser dominados.

Artemis é o símbolo maior do feminino, da sua liberdade e autonomia.

Em sua homenagem foi construído o Templo de Artemis, que era localizado em Éfeso (na Turquia) e se destacou pela sua grandiosidade arquitetónica, sendo uma das sete maravilhas do mundo antigo.